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dos interessados em adotar crianças no país
A fila de pretendentes a adotar crianças no país é imensamente maior que a quantidade de menores disponíveis para a adoção. A realidade, porém, se inverte quando o assunto são os meninos e as meninas de 11 a 18 anos. Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ao qual o Correio teve acesso mostra que apenas 154 famílias têm interesse em adotar adolescentes com idade igual ou superior a 11 anos. Isso significa pouco mais de 0,5% do total de candidatos, que é de 26.936. E as restrições não param por aí. Dos 26.936 interessados, 36,5% só aceitam crianças brancas. Enquanto 2,1% só as negras (veja quadro).
A grande dificuldade do sistema está no excesso de adolescentes nos abrigos, uma vez que os números apontam que a maioria das famílias que pretende adotar busca somente bebês e crianças de pouca idade. De acordo com números atualizados pelo CNJ no último dia 10, mais de 35 mil menores vivem em abrigos à espera da adoção ou de voltar à família de origem. Em vigor desde o fim de 2009, a nova lei da adoção tem prolongado o tempo de permanência dos menores nas entidades de acolhimento, uma vez que aumentaram os requisitos de proteção às crianças e aos adolescentes.
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Números de dengue aumentam e preocupam profissionais em Mossoró
O Departamento de Vigilância à Saúde divulgou os números da dengue e doença continua com números elevados no município de Mossoró. Até o dia 14 de outubro, quando o último balanço fora realizado, eram 2.690 notificações, sendo 1.415 casos confirmados. Uma quantidade superior em mais de 15% se comparado ao mesmo período do ano passado.
O aumento da doença tem preocupado os funcionários da Vigilância à Saúde que fazem o balanço da doença e registram os bairros com maiores focos mensalmente. Teresa Cristina, coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, revela que os bairros Santo Antônio, Belo Horizonte, Alamedas e o Planalto 13 de Maio são, respectivamente, os bairros que mais apresentam casos de dengue.
Já os maiores focos estão nos bairros Bom Jesus, Dom Jaime Câmara, Alagados, Planalto 13 de Maio, 12 Anos, Paredões e Ilha de Santa Luzia.
“Existe diferença entre os bairros com o maior número de casos e os bairros com maiores focos. Quem apresenta os maiores casos geralmente são os bairros populosos e que o saneamento básico não é tão avançado. Já os bairros com grandes focos variam muito de um mês para outro. O importante é que as pessoas não se esqueçam de se prevenir da doença e evitar que o mosquito se prolifere ainda mais, pois Mossoró está com uma taxa alta de dengue”, afirma Teresa Cristina.
Além do número elevado de casos confirmados, mais de 1.400, outra preocupação dos funcionários da Vigilância à Saúde é com o período chuvoso que está se aproxima.
Sandro Elias, supervisor geral do Programa Municipal de Controle da Dengue, avisa que durante esse período o número de mosquitos aumenta e consequentemente o número de pessoas infectadas.
“Já estamos planejando em uma campanha para orientar a população sobre o perigo da dengue e como evitar a proliferação do mosquito. A taxa em Mossoró está muito alta e devemos combater os focos para que esse número baixe”, comenta Sandro Elias.